VÊNUS NA CASA DE GÊMEOS
" Assim crescentes seios sob a loa
da lua que entoam lábeis lábios
tão ávidos de lírios e papoulas
e pomos dos pomares de teus átrios;
então no pôr dos olhos sob o sol
alucinado em cio sobre o solo
do corpo que no corpo se faz só
um ser colaço em lassos caule e colo;
agora em tuas ágoras e grutas,
aqui pelos teus cômoros e grotas
do grão do ser nos olhos d´água brotam
narcisos indivisos como nuas
miragens em que mira-nos a sina:
não sei onde começo, onde terminas".
Afonso Guerra-Baião
Curvelo, julho/2008
" Assim crescentes seios sob a loa
da lua que entoam lábeis lábios
tão ávidos de lírios e papoulas
e pomos dos pomares de teus átrios;
então no pôr dos olhos sob o sol
alucinado em cio sobre o solo
do corpo que no corpo se faz só
um ser colaço em lassos caule e colo;
agora em tuas ágoras e grutas,
aqui pelos teus cômoros e grotas
do grão do ser nos olhos d´água brotam
narcisos indivisos como nuas
miragens em que mira-nos a sina:
não sei onde começo, onde terminas".
Afonso Guerra-Baião
Curvelo, julho/2008
Uma singela homenagem ao meu amigo Afonso,
este poema também saiu numa publicação no dia 30/06/2009.