sexta-feira, 20 de março de 2009

As Travessuras de Kika

Kika





Sempre tive em minha casa, cadelas da raça Poodle.
Atualmente temos a Samantha IIª e a Kika.
Mas teve uma época que tínhamos Samantha IIª e a Sabrina IIª, digo segunda porque esses nomes já foram de outras que já partiram de nossas vidas.
Ao contrair a terrível doença Leishmaniose, Sabrina IIª teve que nos deixar após a ter enviado para o sacrifício. No dia que constatamos a doença não acreditei, mandei fazer mais três exames, não conseguia acreditar que aquilo tinha afetado a minha então queridinha do coração. Mas infelizmente tive que com muita dor mandá-la para o sacrifício. No dia ela estava mais branquinha que nunca, cheirosa, linda e brincava com a nossa gatinha quando o interfone tocou. A levaram ;e quando passou-se um tempo ,eu liguei pro veterinário e perguntei por ela , e então me responderam:
- já dormiu.
Foi terrível, mal consegui agradecer e fui chorar.
Daí que nos aparece dois meses depois, vinda através do nosso amigo e vizinho Ricardo, a danada da Kika.
Logo que chegou já implicou com a nossa gatinha Keith.
Foi ódio a primeira vista. Nenhuma das duas se toparam.
Kika ficava perseguindo a Keith, e a coitadinha da Keith só se desviando da Kika.
Um dia vimos Keith olhar triste pra rua da janela, seu olhar vagava longe, e sabíamos que ela estava depressiva e inconsolável.
No dia seguinte ela sumiu. Nunca mais vimos a Keith.
E a Kika? Reinou absoluta. No início Samantha a adotou, eram lambidas intermináveis, maior mimo, mas Kika ultrapassou a Samantha na altura e logo que ela se viu maior, já começou a ditar as ordens.
Brigas? Claro! A maioria por ciúmes. Kika é uma cachorra mimada e egocêntrica.
Bastou crescer para rasgar todas as sacolinhas de plástico com lixo que por ventura estava dependurada na fechadura da porta da área. Eram inúmeras as vezes que uns tapas ela levou por causa disso, brigávamos com ela, xingávamos, a colocávamos de castigo, mas nada disso fez com ela deixasse de fazer essas coisas. Sempre chegávamos em casa e o lixo estava todo no chão. E ela? Estava escondida e tremendo , sabia que tinha feito coisa errada!
Outro dia ri demais com uma situação. Estávamos tomando um aperitivo antes do almoço, meu marido e eu, e para tira gosto comíamos pistache e um caiu no chão. Samantha lambeu ,tentou comer mas não conseguiu , largou lá, veio a Kika, e não é que a danada conseguiu abrir o pistache comer a sementinha e largar as duas casquinhas abertas uma do lado da outra no chão intactas???? Isso foi motivo pra muita risada.
Mas ontem a coisa foi assustadora.
Foi aniversário de nove anos do meu filho Igor, e minha sogra muito gentil nos mandou um bolinho pequeno;comum mas com cobertura de chocolate, coisa que toda criança adora. Como não tinha festa, deixamos o bolo sobre a mesa e saímos. Fomos comer uma pizza numa pizzaria perto, fomos até à pé mesmo e lá encontramos com nosso querido amigo e compadre padrinho do Igor, o Rodrigo. Foi um momento muito agradável, e voltamos todos felizes para casa.
Quando abri a porta da sala, veio o susto!!!!!!!!!!!!!!! Falei em tom alto:
- Meu Deus!!!!!!!! O que foi que aconteceu aquiiiiiiiiiiiii?????!!!!!!!!!!!!!!!!
A primeira coisa que vi, foi o bolo todo comido e caído sobre a cadeira. Que desastre!!!
O duro mesmo foi limpar o tecido da cadeira, que trabalheira.
E a Kika?
Sumiu.
Só a vimos um tempão depois , escondidinha debaixo da caminha do Igor.
Para castigá-la fechamos a porta do quarto e a deixamos lá isolada, até que ela percebeu e ficou chorando baixinho.
Não aguentamos e acabamos por abrir a porta e soltá-la do castigo.
Kika; a nossa cachorrinha Marley.

domingo, 15 de março de 2009

Acontece sempre comigo ....

Comigo sempre acontece; não sei como é com vocês; mas tenho um ímã para atrair papo dos mais diferentes tipos de pessoas quando estou andando na rua.
É simples: basta estar andando e perto aparecer alguém....; com certeza estarei conversando.
Os pedintes e mendigos também gostam de conversar comigo, me olhar e até de me tocar.
Teve uma vez, que eu estava carregando em cada uma das mãos; sacolas cheias de suprimentos pro escritório onde eu trabalho e passei por uma mulher que vendia bijouterias no passeio, a olhei e ela me ofereceu as mercadorias que recusei dizendo que naquela hora não dava porque eu estava sem dinheiro, e então ela me respondeu:
- não faz mal minha filha, um dia você vai poder Deus é grande!
Fui pro escritório com uma sensação tão boa, acho que ela me emanou uma energia muito legal.
O mesmo aconteceu quando eu estava chegando perto da minha casa, passei por uma pedinte muito maltrapilha , a olhei e ela me pediu dinheiro e ajuda, respondi também que naquele momento não tinha nada pra dar pra ela, simplesmente ela me tocou no braço e me disse que Deus iria me ajudar.
Pode parecer ingratidão da minha parte eu não dar ajuda a essas pessoas, mas acontece que não o faço por vários motivos: um deles é que tenho pavor de ser assaltada, ja fui três vezes, e evito ao máximo abrir minha bolsa na rua, outro motivo é que há alguns anos atrás, eu estava numa situação financeira muito ruim , e quando estamos nessa situação entendemos bem quem também está, pois bem; estávamos meus filhos, meu marido e eu no estacionamento do Leroy em Contagem e no estacionamento veio um moço com roupas limpas e calçado me pedindo ajuda; dizendo que precisava somente de R$0,80 para inteirar sua passagem pra ir embora pra casa, pois estava desempregado e procurando emprego e já estava no final do dia e ele ainda não tinha conseguido todo o dinheiro. Marcos não deu, eu fiquei com pena e acabei dando a ele R$1,00 , isto mesmo um real. Entramos na loja e quando sai vi o tal sujeito com um bolo imenso, imenso de dinheiro na mão e ai eu não me aguentei e disse:
- mas vem cá, você me disse há pouco que precisava de alguns centavos pra ir embora e me aparece com esse bolão de dinheiro? Você está com mais dinheiro que eu, como pode uma coisa dessas? Fui enganada por você!!!
Nesta hora meu marido pegou as crianças e quando olhei eles já estavam longe.
As pessoas a nossa volta, creio eu, não estavam entendendo nada, porque o sujeito balançava a cabeça como se eu fosse louca, e eu olhando pra ele e ele com aquela cara de cínico que até hoje mesmo passado alguns anos não consigo esquecer.
Então depois desse episódio é muito difícil eu dar algum trocado na rua. Mas os mendigos adoram me provocar. Uma vez indo embora pra casa no ponto de ônibus me apareceu um sujeito imundo, ele fedia tanto, tanto, que eu ficava olhando e pensando:
- Meu Deus! como uma pessoa pode feder tanto assim! Acabou ele me descobrindo e eu não sai fora pra não demonstrar medo, porque senão ai que eles vão atrás, sentimento de rejeição deixam eles bem revoltados né? Então ele começou a me dizer que estava precisando das moças de uma casa lá...nem lembro....e quando passava uma mulher bonita ele ficava olhando e dizendo:
- nossa não estou aguentando, eu tenho que tomar um banho e ir lá pegar uma mulher porque tô precisando demais....
Eu olhava e ficava pensando:
- Puta merda, qual mulher vai aguentar isso????? Cruz Credo!!!!
Ai ele continou :
- essa cachaça que eu comprei , custou R$0,30 mas é tão ruim, mas tão ruim, que tá parecendo que tô bebendo álcool puro!
jogou o copinho descartável no chão. A mulherada no ponto ficava me olhando admirada e eu sentada do lado dele ainda. Tanto que conversou comigo que se achou no direito de me dar uns tapinhas no meu braço acredita? Fiquei com tanto nojo, que a primeira coisa que fiz quando cheguei em casa foi passar álcool e desinfetante no meu casaco de couro. Para meu alívio o ônibus deu as caras. Que situação.....
Outra situação inconveniente foi no ponto também, estava pra pegar o circular 03 e era claro ainda por causa do horário de verão. Apareceu um desses maltrapilhos folgados , fedendo também, mas com carinha de safado. Eu estava lendo, claro que olhei pra ele, mas continuei a ler. Daí ele pegou um papel no chão fez uma bolinha e não é que me jogou? Acertou bem na minha sandália. Na hora dei uma olhada tão séria, tão brava pra ele, que ele virou pro outro lado, deitou lentamente no banco e ficou lá quietinho!!!!
Por isso que eu digo:
- Acontece sempre comigo!!!

sábado, 7 de março de 2009

Tempo

Essa coisa de tempo ......
Na maioria das vezes que tive tempo sobrando, o dinheiro estava me faltando, e o contrário também é fato. Mas o fato mesmo é que ultimamente essa palavra tempo tem me atormentado de tal maneira ....que quando a pessoa me diz que está sem tempo começo a pensar se ela está dando aquela velha desculpa esfarrapada. A desculpa que não teve tempo pra ver, não teve tempo pra ler, não teve tempo pra ligar, não teve tempo pra isso ou aquilo, resumindo não teve aquele tempo que eu quis dela, e isso me afeta de uma tal maneira, que a palavra tempo realmente passou a me intrigar....
Penso: isso é realmente falta de tempo, ou é a desculpa esfarrapada?
É muito cômodo sabe, colocar a culpa na falta de tempo.
Todos nós fazemos isso quando aquilo que não nos interessa deixamos pra segundo ou terceiro ou último plano pra fazer, porque alegamos que não tivemos tempo! E o tempo? Ele passa independente se o aproveitamos ou não!
Tempo,
tempo, tempo, tempuuuuuuuu.....

quarta-feira, 4 de março de 2009

Quando o corpo adoece!

Quando a gente adoece é mesmo esquisito......
sem querer ser pessimista,
não deixamos de pensar na danada da morte,
no fim da vida da gente propriamente dito.
Porque tudo na vida tem começo, meio e fim .......
e aí me pergunto:
-o final chega ou nao chega?tá perto ou tá longe?sera que estou mesmo a minguar?
Um sentimento de fragilidade bate no peito, tenho que admitir;
sou mesmo frágil, tão frágil que meu sopro poderá se extinguir a qualquer momento.
-E se hoje realmente for meu último dia? será que daria tempo pra eu falar pras pessoas que eu as amo e que onde eu estiver continuarei a amá-las da mesma forma como antes? será que daria tempo pra eu falar pros amigos que moram longe que nao precisam vir ao meu enterro, melhor
seria ;lembrarem de mim rindo, nao quero que lembrem de mim dentro de um caixão, quero que
lembrem de mim sempre feliz, de alto astral! Nada de despedirem de mim desta forma!
Quero confessar que pensar nisso me fez encher os olhos de lágrimas......
pensar no fim realmente é muito triste.
Nem sei porque razão pensei, aff.......pensando melhor,
espero que meu fim ainda deva estar longe........

Escrevi este texto num dia de muita melancolia, numa quinta depois do carnaval, o meu corpo estava começando a baquear , sintomas ainda não identificados de um desses ataques de sinusite, meu coração disparado com taquicardia por causa da febre, minha cabeça pensando na morte do meu corpo físico. Às vezes pensar no fim nos faz conscientizar que somos realmente suscetíveis a morte! E este será um outro tema.