quarta-feira, 28 de outubro de 2009

TROMBOSE QUE TIVE

Em 2007, no dia 16 do mês de outubro, fiz um exame que se chama DOPPLER SCAN, isso porque no dia 26 de junho tive uma forte torção no pé esquerdo fazendo romper o tendao e os ligamentos dos ossos do pé esquerdo ,e desde então vinha sentindo fortes dores na perna esquerda.
Fiz quase quarenta seções de fisioterapia e notei um certo incômodo na perna esquerda, próximo ao joelho.
Fui a um médico especialista em joelhos e nada foi encontrado.
Dai uma intuiçao.....fui ao angiologista, quem sabe......minhas varizes estavam fazendo minha perna doer e para minha surpresa , no dia que fiz a consulta, o médico que por sinal é um dos melhores e conceituados na área aqui em Belo Horizonte, me disse logo que olhou pra minha perna; e eu sem dizer uma só palavra:
- essa temos que tirar . Disse isso enquanto apalpava na minha perna.
Gente........fiquei de boca aberta: -como ele adivinhou que aquela era a parte que mais doía?
Só pode ser experiência e competência!
bom.......fui então numa clínica fazer o tal exame pedido por ele e no dia desse exame que é um ultrasom muito interessante por sinal , que dá até pra gente ouvir as batidas do coração , passei mal, isso mesmo, quase desmaiei na hora desse exame. O motivo a médica me explicou; me disse que era porque eu estava um pouco desidratada, estava calor, e que mexer com a circulação faz isso mesmo. Isso aconteecu justamente na hora que passava o ultrasom na minha perna esquerda!!
Depois disso tudo fui levar o resultado pro médico e ele assinou e pediu que eu levasse o resultado juntamente com o pedido de autorização na central da Unimed que era pertinho do consultório dele. Fui a pé mesmo e peguei uma senha. Esperei , .......fui atendida, senha A-81. Esperei meia hora, não podendo ficar mais; pedi a mocinha que apressasse a entrega da minha autorização porque eu já estava atrasada pra ir pra minha aula. Veio toda cheia de exames e me entregou exame , autorização e uma carteirinha. Agradeci fui embora correndo e cheguei uma hora atrasada na minha aula. Quando cheguei em casa e comecei a ver o resultado dos exames que eu tinha pegado.....imaginem a minha surpresa!!!! Aqueles exames não eram meus!!!!, nada era meu , acredita? Tudo de um(a) tal de Eni Leonardo da Costa, e quem descobriu isso foi meu filho Igor que estando comigo disse assim:
- Mamãe , Kaô, Kaô mamãe ,60 ANOS?????????
Ele olhou a idade da pessoa escrita no alto, coisa que eu nem tinha percebido. Depois disso passei a semana toda ligando pro 0800 e enchendo o saco daquele pessoal ; até que numa sexta-feira um motoqueiro debaixo de chuva trouxe o que era meu e eu devolvi o que estava comigo. Após a troca senti imenso alivio!!!! A minha cirurgia já estava marcada pra segunda às 6 da manha.
Bom depois disso tudo e da cirurgia que foi baba, estou aqui hoje relatando que sobrevivi.
Não fiz a cirurgia por estética não, como critica que recebi ( acho que das invejosas ) , ou de quem não conhece realmente o problema , por isso coloco abaixo o problema que gera ter um coágulo , também conhecido como TROMBOSE dentro de uma safena.
Amigos fiquem atentos, um anjo teve que torcer meu pé três vezes pra eu poder ver o perigo que residia dentro da minha perna esquerda.
Fiquem com Deus.
E observem os sinais.
Beijos.
ps: conto sobre a fisioterapia que tive que fazer após essa cirurga, em outro dia.


Segundo,
Ciryllo Cavalheiro Filho é médico, especialista em hemostasia, e faz parte do corpo clínico do Incor – Instituto do Coração de São Paulo e do Hospital Sírio-Libanês.
Obstáculos ao fluxo do sangue



Cada um de nós tem de 5 a 6 litros de sangue circulando pelo organismo. O coração bate, o sangue é impulsionado pelo sistema arterial e vai levar oxigênio para todas as células do corpo. Depois, retorna pelas veias até os pulmões onde é oxigenado e volta para o coração que, no pulsar seguinte, o espalha pelo corpo inteiro outra vez. Se não houvesse um meio de deter os pequenos orifícios que possam surgir nas artérias e veias, o sangue jorraria por eles provocando uma hemorragia permanente, porque o coração não pára de bombeá-lo.
Por que, então, quando sofremos um corte, o sangue escorre um pouquinho e pára? Porque é dotado de um sistema de coagulação altamente sofisticado e possui uma série de substâncias, por exemplo, as plaquetas, que convergem para o local e formam um trombo para bloquear o sangramento. Decorrido certo tempo, esse trombo se dissolve, o vaso é recanalizado e a circulação volta ao normal.
Há pessoas que, por alguma razão, apresentam distúrbios no mecanismo de hemostasia e formam trombos (coágulos) num lugar onde não existia sangramento. Como a estrutura desses trombos é sólida e mole, um fragmento pode desprender-se e seguir o trajeto da circulação venosa que retorna aos pulmões para o sangue ser oxigenado. Nos pulmões, ele provoca um entupimento - a embolia pulmonar - uma complicação grave e uma das raras causas de morte súbita.
Tromboses venosas constituem uma doença séria que pode levar a desfechos fatais por causa das embolias pulmonares.

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Auxílio

Geralmente quando ando de ônibus e principalmente quando estou sentada, é que tenho as minhas inspirações pra escrever. Mas como escrever num ônibus? A inspiração acaba por ir embora com a paisagem. Mas hoje senti vontade de falar sobre um assunto que foi tema do "Profissão Repórter" que assisti ontem.
O tema era algo relacionado com a loucura, falou sobre um número relativamente bem grande de pessoas que vivem à margem da realidade, ou seja, vivem num mundo ilusório, inventado e irreal.
Achei muito interessante a reportagem, apesar de que a emissora resume muito as matérias na sua edição.
Teve uma passagem dessa reportagem que mais me chamou a atenção.
Foi quando o repórter Caco Barcelos entrevista uma senhora que estava na calçada, e passa um rapaz de mochila e ela olha assustada e pergunta o que o rapaz fez.
O repórter a responde dizendo que o rapaz tinha dado dinheiro pra ela.
Ela esbraveja e diz mesmo assim:
- "mas eu não pedi dinheiro a ele, o que ele pensa que eu sou? Esse dinheiro vem de droga sei lá".....
E acabou por jogar o dinheiro na rua, uma nota de dois reais que ficou lá no chão.
Daí fiquei refletindo sobre essa atitude e lembrei de quando fiz meu curso de Reiki.
A mestre insistia muito nessa posição, ela dizia:

-"não queira ajudar a quem não te pediu auxílio."

Explico o porque dessa frase.
A pessoa que necessita de ajuda, precisa ter humildade para pedir e reconhecer que precisa da ajuda vinda de outra pessoa.
Para muitos ter esse ato de humildade é a coisa mais difícil do mundo, porque neles ainda prevalece o tal do orgulho.
E hoje conversando com meu marido sobre uma ajuda que ofereci pra uma pessoa da família, e que a pessoa talvez por não querer a ajuda, disse que não tinha recurso financeiro pra acontecer tal fato, acabei por dizer a ele:

-essa coisa da gente oferecer ajuda sem a pessoa ter pedido é isso mesmo, eu me ofereci na maior boa vontade, e a pessoa nem questão fez, pode ser porque ela não quer ser ajudada, ou porque não pediu ajuda.

Essa reportagem me fez refletir, agora ajudo se puder a quem me pedir.
E a Deus sempre peço ajuda sim, porque de duas uma: ou vou ser ajudada porque pedi, ou porque mereço.

E essa coisa de merecer é outro caso.

sábado, 10 de outubro de 2009

As alças da Mente






As alças da mente


"O pensamento pode voar, mas a mente gosta mesmo é de uma prisão. A
mente gosta de prender-se voluntariamente a tudo o que não muda, ao
que permanece, ao que se repete e ao que é sempre igual. Por isso, a
mente adora lembranças e memórias. Porque o passado já passou e não
pode ser mais mudado. O passado é permanente. A mente acha isso o
máximo. É como administrar uma empresa onde nada pode dar errado. O
medo da mente é justamente este, administrar imprevistos.

Outra coisa que a mente ama de paixão é o padrão, porque como o nome
já diz, o padrão não muda. Um metro, uma hora, o mesmo caminho para o
trabalho, voltar ao mesmo restaurante e sentar à mesma mesa, são
padrões que toda mente humana gosta de repetir. Ah, que prazer que a
mente sente quando a bunda senta na mesma cadeira que sentou na aula
anterior! A repetição dá segurança, porque cria a falsa ilusão de que
nada vai mudar. E se nada mudar, nada de ruim poderá acontecer. Tudo
será igual, com o mesmo final feliz, como antes.

Crianças adoram ver filmes mil vezes porque se sentem seguras, porque
podem antecipar as próximas cenas (se na vida fosse assim...) e porque
têm certeza de como a história terminará. Já as mentes adultas,
especialmente as obsessivas em qualquer grau, adoram a matemática. A
matemática é a única ciência exata e imutável. Enquanto a física e
química, a biologia, por exemplo, estão sujeitas a variáveis da vida
real, a matemática continua igual. Daí o fato de que toda mente
obsessiva gosta de contar, manipular números. As contas são sempre
exatas, não mudam. E se você contar todos os passos e chegar
direitinho à padaria com seus mil passos, então, podemos concluir que
sua mãe não vai morrer e nada vai dar errado no seu dia. Certo?
Errado.

Errado porque a mente vive num mundo irreal. Mundo da mente é como
caspa, só existe na sua cabeça. Tudo é mera ilusão. E, com perdão do
excesso de realidade fisiológica, o mundo está cagando e andando pras
suas ilusões mentais. Como o mundo já provou, uma batida de asas de
borboleta na África pode influenciar mais a ocorrência de um tsunami
na Ásia do que sua contagem de azulejos no banheiro. Porque a
borboleta é real e seu pensamento, não.

O problema é que a mente não quer nem saber disso e provavelmente
muitos já terão abandonado este texto nas primeiras linhas. Espertos,
porque sabem que vou contar um segredo sobre eles: a mente fabrica
alças. Sim, alças, onde ela, a mente, possa se apegar. Uma alça, como
aquele putaqueopariu do carro, onde a gente segura a vida quando
o motorista não é de confiança. Como o santoantonio dos jipes. A alça
pode ser um nome, um amuleto, uma mania, uma repetição qualquer. A
mente é chata, mas criativa, e assim, inventou a alça-sem-mala. Nesta
alça ela se apega até a morte.

É uma crença, um dogma, uma frase feita, um chavão, um lugar-comum:
"Angélica ficou mais bonita depois que teve filho"; "Vaso ruim não
quebra"; "Jesus voltará"... Qualquer alça é boa pra mente: "A cadeia é
a universidade do crime", "Direituzumanu só tem bandidu"... Se a mente
se acha fraca, ela inventa uma alça para se sentir forte, tipo: "Sou
feia, mas tô na moda".

A mente inventa que se a pessoa perder dez quilos vai ser feliz e
tudo vai dar certo na vida. Troca nomenclaturas, pra se sentir por
cima. Porque uma coisa é dizer que você tem TOC e outra coisa é
assumir que você é um obsessivo chato, que ninguém agüenta conviver a
seu lado e por isso você precisa de tratamento sério com remédio e
tudo mais. A mente inventa alças pra não cair em si. Mas cair em si é
a única forma de tomar consciência - primeiro passo para melhorar.

Portanto, remova todas as alças. Caia. Caia em si. Tá gordo? Tá
gordo, então, vamos emagracer. Tá infeliz? Sai dessa, viva a vida,
aproveite. Tá duro? 'Bora ganhar dinheiro'. Só não fique aí, com essa
cara de passageiro do circular da eternidade, vendo a vida passar na
fresta da janelinha de um puta ônibus cheio, segurando firme na alça
do medo, pois você tem que dar o sinal e descer para a liberdade do
imprevisível".

Rosana Hermann