terça-feira, 27 de julho de 2010

DUAS FLAUTAS

DUAS FLAUTAS


Uma noite em que eu respirava o perfume das flores

à beira do rio,

o vento trouxe-me a canção de uma flauta distante

Para responder-lhe, cortei um ramo de salgueiro

e a canção de minha flauta embalou a noite encantada.

Desde então, todos os dias,

à hora em que o campo adormece,

os pássaros ouvem a conversa

de dois pássaros desconhecidos,

cuja linguagem, no entanto, compreendem.

(Li Po, trad. Cecília Meireles)

( Li Po, 701-762 d.C.)

LI PO. Duas flautas. In: _______Poemas chineses. Tradução Cecília Meireles.Rio de Janeiro: Nova Fronteira,1996.p.58.

Imagem retirada desse blog -http://virtualandmemories.blogspot.com/
Recebi por email este poema do meu amigo Afonso Baião.

2 comentários:

Afonso Guerra-Baião disse...

Beth,

parabéns pelos blogs que estão maravilhosos e pelos vinte anos com o Marcos. Muito sucesso! Afonso

Beth Castro Taróloga disse...

Afonso amigo querido obrigada pelo comentário!
Bjs.